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Querido John

25 dez

“Eu me apaixonei por ela enquanto estávamos juntos, e me apaixonei ainda mais nos anos em que estávamos separados. Nossa história tem três partes: um começo, um meio e um fim. Embora seja assim que todas as histórias se desenrolam, ainda não consigo acreditar que a nossa não durará para sempre. Reflito sobre essas coisas, e como sempre, nosso tempo juntos retorna à minha mente. Relembro como tudo começou, pois agora essas memórias são tudo o que me resta.”

Querido John

“Querido John” narra a história de um jovem soldado americano, John, que se apaixona por Savannah uma estudante conservadora. Quando Savannah Lynn Curtis entra em sua vida, John Tyree sabe que está pronto para começar de novo. Ele, um jovem rebelde, se alista no exército logo após terminar a escola, sem saber o que faria de sua vida. Então, durante sua licença, ele conhece Savannah, a garota de seus sonhos. A atração mútua cresce rapidamente e logo transforma-se em um tipo de amor que faz com que Savannah jure esperá-lo concluir seus deveres militares. Mas ninguém pôde prever que os atentados de 11 de Setembro pudessem mudar o mundo todo. E como muitos homens e mulheres corajosos,John deveria escolher entre seu amor por Savannah e seu país. Agora, quando ele finalmente retorna para Carolina do Norte, John descobre como o amor pode nos transformar de uma forma que jamais poderíamos imaginar.

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Nome do Livro no Brasil: Querido John
Nome Original: Dear John
Escrito por: Nicholas Sparks
Publicado no Brasil em: 2010
Editora: Novo Conceito
Nº de Páginas: 288
Capa original:

O Futuro da Humanidade

9 nov

“- Os líderes da sociedade são adultos?
– Obviamente são adultos.
– Então me responda: os governantes dos países ricos e os empresários que dominam o mundo são co-responsáveis pela miséria?
– Sim.
– Eles tem insônia ou não por tais sofrimentos?
Acuado, o rapaz não soube responder. Então, Falcão respondeu por ele.
– Se eles dormem e sentem-se tranqüilos, são crianças. Só uma criança não tem consciência das misérias dos outros e não é responsável por elas. Só uma criança come fartamente e dorme serenamente enquanto há outras crianças morrendo de fome.”

O Futuro da Humanidade

Cheio de expectativa e tensão, os calouros da faculdade ficam chocados ao encontrar, em sua primeira aula de anatomia,a triste cena de corpos sem identificação, estendidos sobre o mármore branco. Marco Polo, um brilhante e audacioso aspirante a psiquiatria, não consegue aceitar a frieza com que os professores se referem aos corpos, dizendo que suas identidades não importam. Á procura de informações sobre esses personagens aparentemente sem passado, Marco Polo se depara com um mundo de sonhos frustrados, futuros desfeitos e esperanças perdidas. Quem o guia nessa jornada é o excêntrico Falcão, um mendigo que conhece a fundo a mente humana. Apesar da difícil situação em que vive, Falcão recupera sua alegria inata ao conviver com o jovem sonhador. Estimulado pelo novo amigo, o recém-formado Marco Polo lança-se numa arriscada batalha contra professores e médicos de renome Marco Polo representa o que grande parte das pessoas gostaria de ser. Um personagem corajoso, dotado de uma imensa paixão pela vida e pelas pessoa, que faz reacender em nós a vontade de mudar, de renascer, de recuperar os sentimentos de humanidade e solidariedade tão esquecidos nos dias de hoje. ——————————————————————————————–——————–

Nome do Livro: O Futuro da Humanidade
Escrito por: Augusto Cury
Publicado em: 2005
Editora: Sextante
Nº de Páginas: 249

Por que a criança cozinha na polenta

1 nov

“Imagino o céu.
Ele é tão grande, que logo adormeço, para me acalmar.
Quando acordo, sei que Deus é um pouco menos do que o céu. Senão, adormeceríamos sempre de susto na hora de rezar.
Será que Deus fala outras línguas?
Será que ele entende os estrangeiros?
Ou será que os anjos ficam sentados em pequenas cabine de vidro fazendo traduções?

E EXISTE MESMO UM CIRCO NO CÉU?

Mamãe diz que sim.
Papai ri, teve más experiências com Deus.
Se Deus fosse Deus, desceria para nos ajudar, diz.
Mas por que ele deveria descer se, afinal de contas, nós viajaremos até ele mais tarde?
Seja como for, os homens acreditam menos em Deus do que as mulheres  e as crianças, por causa da concorrência. Meu pai não quer que Deus seja também meu pai.”

Por que a criança cozinha na polenta

Não, este não é um livro de culinária. Também não é um história infantil.Ou sim. Mas diferente. Não para crianças.
Uma família de artistas de circo foge da ditadura de Ceausescu, na Romênia, em busca do sonho de liberdade, riqueza, fama e felicidade na Europa ocidental. Quem nos conta a fascinante história é uma menina. A leveza e flexibilidade circenses contrastam com a rigidez e o desequilíbrio de uma realidade sem truques. A Aglaja Veteranyi não interessava a aura de romantismos que envolve nossas fantasias sobre picadeiros e palhaços: “Eu não poderia ter escrito de outro jeito. Só da perspectiva de uma criança era possível relatar toda a crueldade e imoralidade dessa história.”
Não, mas esse não é um livro de verdades e revelações. Não há segredos de bastidores. É um livro sobre limites, sobre fronteiras. Não sobre fronteiras definidas, estanques, mas, sim sobre fronteiras constantemente permeáveis, indefinidas. Entre o poético e o grotesco, entre realidade e imaginação, entre o sonho e a desilusão, entre ficção e autobiografia, culpa e inocência.
Há um movimento de pêndulo,entre contrastes, que perpassa o livro em vário níveis. Em primeiro lugar, no nível da história. A pequena narradora transita entre o vivido e o imaginado, entre a compreensão e a construção do mundo em que vive. Há histórias dentro da história, dentro da história, como uma boneca russa sem contornos definidos. Por fim, o limite entre a realidade e a imaginação já não importa mais. Talvez a imaginação tenha sido mero andaime para a revelação das sensações, dos medos e mágoas, sonhos e alegrias – estes, sim, reais.
O jogo de transposições e simultaneidades está igualmente presente na linguagem, ora poética, doce, ora navalha-na-carne. Ás vezes, as duas coisas ao mesmo tempo. Mas sempre concisa, quase minimalista. O que já quase estabeleceria o próximo contraste: entre a intensidade da narrativa e a brevidade da linguagem. Ou, ainda, entre a ingenuidade dos relatos e a brutalidade dos fatos. E, mais, entre a poesia da das imagens e a crueza dos atos.
Apesar do fundo auto-biográfico, Aglaja não recai em mero memorialismo. A realidade não está impregnada de elementos absurdos, surreais, mas a dimensão desta presença é impossível de definir. Certamente há aí mais episódios verídicos do que se possa imaginar. Mas isso não importa. O que é absurdo na vida absurda?  Aglaja detestava que se lesse ‘a Polenta’ como a história de sua vida. Nas entrevistas, quando a pergunta surgia, ela sorria sem ironia e dizia: “A imaginação também é autobiográfica”.
Neste malabarismos de perspectivas, a síntese é a arte de andar na corda bamba, de viver no limite entre tudo e todos e, finalmente, no limite da própria identidade.

A tristeza envelhece.
Eu sou mais velha do que as crianças no estrangeiro.
Na Romênia, as crianças nascem velhas, porque já são pobres dentro da barriga das mães e ficam ouvindo as preocupações dos pais.
Aqui, vivemos como no paraíso. Mas, mesmo assim, eu não fico mais jovem.

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Nome do Livro no Brasil: Por que a criança cozinha na polenta
Nome Original: Warum das Kind in der Polenta
Escrito por: Aglaja Veteranyi
Publicado no Brasil em: 2004
Editora: DBA Artes Gráficas
Nº de Páginas: 195
Capa original:

O Leitor

24 out

“Porque a lembrança de anos felizes de casamento se estraga quando se revela que o outro tinha um amante durante todos aqueles anos? Será porque não se pode ser feliz em tal situação? Mas a pessoa era feliz! Ás vezes a lembrança não é fiel à felicidade quando o fim foi doloroso. Será porque a felicidade só vale quando permanece para sempre? Será porque só pode terminar dolorosamente o que foi doloroso de modo inconsciente e invisível? Mas o que é uma dor inconsciente e invisível? Será que essa tristeza é tristeza pura e simplesmente? É ela que nos acomete quando belas lembranças tornam-se frágeis se rememoradas, porque a felicidade lembrada não vive mais a situação, mas sim de uma promessa que não foi mantida?”

O Leitor

Michael Berg tem 15 anos quando inicia um obsessivo caso amoroso com Hanna, uma mulher enigmática, vinte anos mais velha. Os encontros entre os dois seguem um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê fragmentos de Goethe, Dickens, Tolstoi e Schiller, e só então fazem amor. Michael nunca chegou a saber muito sobre a amante. Assim, quando ela desaparece de repente dando um fim abrupto àquele período de felicidade, ele se convence de que jamais a verá de novo.

Anos mais tarde, entretanto, ele a reencontra. Hanna é uma das acusadas por crimes de guerra e por várias mortes em um campo de concentração nazista. Michael, como estudante de Direito, acompanha o caso indeciso entre as lembranças da antiga amante e a indignação pelos crimes. Na tentativa de descobrir quem é a mulher que amou, ele gradualmente percebe que Hanna pode guardar um segredo que considera mais vergonhoso que homicídio.

As páginas do romance trazem a lúcida pergunta: como amar alguém que cometeu a maior atrocidade que o mundo já conheceu? O estilo de Schlink é limpo e despido de imagens e diálogos desnecessários, resultando em uma bela e austera narrativa sobre o esforço para preencher o vazio entre as gerações pré e pós-guerra na Alemanha, entre culpados e inocentes, entre palavras e silêncio.

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Nome do Livro no Brasil: O Leitor
Nome Original: Der Vorleser
Escrito por: Bernhard Schlink
Publicado no Brasil em: 2010
Editora: Record
Nº de Páginas: 239
Capa original:

Veronika Decide Morrer

12 out

“Uma coisa era a ação rápida de comprimidos, outra era ficar esperando a morte por cinco dias, uma semana – depois de já se ter vivido tudo que era possível.
Passara a sua vida inteira esperando alguma coisa: o pai voltar do trabalho, a carta do namorado que não chegava, os exames do final de ano, o trem, o ônibus, o telefonema, o dia das férias. Agora precisava esperar a morte com data marcada.
Durante toda a sua vida, Veronika percebera que um imenso grupo de pessoas que conhecia comentava os horrores da vida alheia como se estivessem muito preocupados em ajudar – mas na verdade se compraziam com o sofrimento dos outros, porque isto os fazia crer que eram felizes, a vida tinha sido generosa com eles. Ela detestava este tipo de gente: não ia dar aquele rapaz nenhuma chance de se aproveitar de seu estado, para ocultar as suas próprias frustrações.”

Veronika Decide Morrer

Mundialmente aclamado, Veronika Decide Morrer aborta temas como o suicídio e a loucura – mas sobretudo a necessidade que cada ser humano tem de aceitar as próprias diferenças. É a história de uma jovem eslovena, desencantada com a mesmice da vida. Embora aparentemente tenha tudo oque possa desejar, ela se sente infeliz. Assim, escolhe dia e noite para pôr fim ao que julga uma existência insossa  e evitar anos de uma trajetória previsível e sem sentido. Ao recobrar a consciência, após uma overdose de calmantes, está internada numa clínica para loucos, onde descobre que seus dias estão contados.

“Na adolescência, achava que era cedo demais para escolher, agora, na juventude, se convencera que era tarde demais para mudar.”

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Nome: Veronika Decide Morrer
Escrito por: Paulo Coelho
Publicado em: 1998
Editora: Gold
Nº de Páginas: 191

A Lição Final

6 out

“Descobri que muitas pessoas passam grande parte de seu dia preocupada com a opinião dos outros a seu respeito. Se ninguém se preocupasse com o que se passa na cabeça dos outros, todos nós seríamos 33% mais eficientes na vida e no trabalho.
Como cheguei a esses 33%? Sou cientista. Gosto de números exatos, mesmo que às vezes não consiga prova-los. Mas consideremos os 33%.
Eu costumava dizer a todos que trabalhavam em meu grupo de pesquisa: “Vocês não precisam se preocupar com o que eu penso. Bom ou rim, eu os informarei do que se passa na minha cabeça.
Alunos e colegas passaram a apreciar esse meu jeito e não desperdiçar tempo se atormentando com a idéia: “O que Randy está pensando?”. Porque, na maioria das vezes, o que eu estava pensando era que os membros de minha equipe eram 33% mais eficientes do que todos os outros. Era isso que se passava em minha cabeça.”

“Você não escolhe como as cartas vão vir à sua mão, mas pode escolher como jogá-las”. Essa é a idéia central de Randy Pausch, autor do livro “A Lição Final”. Tudo começou com uma aula de despedida na Universidade Carnegie Mellow, Pensilvânia, EUA, onde Randy leciona há cerca de 10 anos, que foi vista milhões de vezes no Youtube e inspirou Randy a escrever o livro, com a ajuda de Jeffrey Zaslow, colunista do The Wall Street Journal. O que faz um professor renomado de Ciência da Computação, casado e pai de 3 filhos  encerrar sua carreira de professor aos 47 anos? A resposta é simples: Um câncer no pâncreas foi diagnosticado em 2006 e mesmo depois de meses lutando contra a doença no ano passado Randy recebeu sua sentença de morte; iria viver apenas mais alguns meses. A luta agora não era pra sobreviver, mas para viver um pouco mais.
Randy Pausch se mostra apaixonado pela vida e por sua família. Ele bem diz, ironicamente: “Estou enfrentando um problema de planejamento”. Ele se sente “sortudo” por não morrer de uma hora pra outra e poder deixar gravações de vídeo, áudios e textos de despedida para os filhos, que por serem muito novos ainda desconhecem a situação do pai.
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Nome do Livro no Brasil: A Lição Final
Nome Original: The Last Lecture
Escrito por: Randy Pausch
Publicado no Brasil em: 2008
Editora: Ediouro
Nº de Páginas: 252
Capa original:

O Outro

28 set

“Ás vezes, ele se perguntava o que era pior: o fato de a pessoa amada ser outra com outro ou exatamente aquela com quem se partilha uma intimidade. Ou então as duas situações eram igualmente ruins? Pelo fato de que, de uma maneira ou de outra, alguma coisa é roubada – algo que nos pertence ou algo que deveria nos pertencer?”

O Outro

Após a morte da esposa, Bengt tenta se acostumar à vida solitária, desenvolvendo novos hábitos. A rotina é até reconfortante em certos aspectos: manter a casa limpa, se alimentar, verificar o correio. E justamente algo tão corriqueiro quanto buscar a correspondência será capaz de mudar sua vida para sempre.

A carta parece ser de um amigo desavisado, que não  recebeu o convite do funeral. Já ensaiando o comunicado do falecimento, Bengt abre o envelope: uma caligrafia trabalhada, assinatura de um homem, palavras de amor para Lisa, sua falecida mulher.

Será que durante todo o tempo em que foram casados, Lisa tinha um amante? Como ele nunca desconfiou? Bengt percebe que talvez os fatos não sejam o que parecem. Determinado a descobrir a verdade e a não deixar que esse incidente destrua a memória da esposa, ele começa a se corresponder com o estranho usando o nome dela.

A cada nova carta, ele se surpreende com detalhes sobre a personalidade de Lisa que negligenciou durante muitos anos. Sua generosidade, o quanto foi feliz e fez os outros rirem. As cartas do Outro são seu maior consolo, e conforme percebe o quanto têm em comum, Bengt não resiste à tentação de conhecê-lo. Quem seria o homem que sua esposa um dia amou? Quem, ou qual deles, seria o Outro?

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Nome do Livro no Brasil: O Outro
Nome Original: Der Andere
Escrito por: Bernhard Schlink
Publicado no Brasil em: 2009
Editora: Record
Nº de Páginas: 95

O Caçador de Pipas

20 set

O chão começa a parecer que faz parte do meu corpo, e a minha respiração vai ficando mais pesada, mais lenta. Quero dormir, fechas os olhos e deitar a cabeça nesse piso frio e empoeirado. Pegar no sono. Talvez, quando acordar, descubra que tudo aquilo que vi no banheiro do hotel fazia parte de um sonho: as gotas pingando da torneira e caindo com um “plinc” naquela água ensangüentada; o braço esquerdo pendurado na borda da banheira; a gilete em cima da caixa de descarga da privada, e os olhos dele ainda entreabertos, mas sem vida. Isso mais que tudo. Queria esquecer aqueles olhos.
O dr. Nawaz me explica que o menino teve ferimentos profundos e perdeu uma grande quantidade de sangue, e a minha boca começa a murmurar aquela oração de novo:
“La illaha il Allah, Mihammad u rasul ullah.”
Tiveram que fazer várias transfusões de glóbulos vermelhos…
“Como é que vou contar a Soraya?”
Foi preciso reanimá-lo duas vezes…
“Vou fazer namaz, vou fazer zakat.”
Eles o teriam perdido se o seu coração não fosse jovem e forte…
“Vou jejuar.”
Ele está vivo.

O Caçador de Pipas

O Afeganistão é uma sociedade dividida em castas. Amir era um garoto pashtun, a classe dominante. Seu único amigo era Hassan, um garoto hazara, a classe dominada. Amir foi criado sem mãe e tinha uma relação um pouco fria e formal com seu pai, apesar do grande amor que tinham entre si. Seu pai também tinha um grande carinho por Hassan.
Hassan tinha uma fidelidade extrema a seu amigo. Enfrentou Assef, um garoto afegão que nutria um ódio cego pelos hazaras, para protegê-lo. No entanto, quando tem a chance de fazer algo para compensar a lealdade de seu amigo, Amir o trai.
É aí que a coisa fica interessante. O tema principal do livro não é a amizade ou a traição. Na verdade, ele trata de um dos sentimentos mais humilhantes (e, às vezes, revoltantes) para o homem: a covardia. E esse é realmente um tema ótimo. Como o medo paralisa as pessoas e pode fazer-nos dizer ou praticar coisas que jamais faríamos em situações normais. A partir desse acontecimento, o personagem principal (Amir) começa a “afundar” em sua covardia e os acontecimentos o trazem aos “livres” Estados Unidos.
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Nome do Livro no Brasil: O Caçador de Pipas”
Nome Original: The Kite Runner
Escrito por: Khaled Hosseini
Publicado no Brasil em: 2003
Editora: Nova Fronteira
Nº de Páginas: 365
Capa original:

Preciosa

7 set

“A Srt. Rain diz que uma crítica que fazem pra A cor púrpura é que tem um final de contos de fada. Eu diria, bem, uma merda assim pode ser verdade. Às vez a vida pode melhorar. A Srt. Rain adora A cor púrpura também mas diz que o realismo também tem suas virtudes. Ismo, smismo! Às vezes quero dizer à Srt. Rain pra parar com essa coida de ismo. Mas ele é minha professora por isso não mando ela calar a boca. Não sei o que é “realismo” mas sei o que é REALIDADE, e a realidade é uma filha da puta, vou te contar.”

Preciosa

Claireece Precious Jones, 16 anos, é obesa, analfabeta e ignorada pelo mundo à sua volta. Mãe aos 12 anos, está grávida do próprio pai pela segunda vez. No Harlem, o reino dos invisíveis, dos sem-voz, ela mora com a mãe, uma mulher solitária que assiste à TV incessantemente e submete a filha à humilhações constantes. Apesar de tudo, a adolescente segue em frente com resignação, tentando contornar os problemas do dia a dia com a cabeça erguida. Quando fecha os olhos, sonha em ser uma celebridade, coberta de jóias e vestidos de luxo ao lado de um namorado bonitão.
Por causa da gravidez, é forçada a abandonar a escola – o último e precário vínculo que a ligava ao restante do mundo – e é convidada a freqüentar um centro de aprendizado alternativo. Ali, no fim da linha, está Blue Rain, uma jovem professora radical e trabalhadora. Com ela, Precious terá a possibilidade de recuperar a dignidade, descobrindo um mundo novo no qual poderá finalmente entender os próprios sentimentos e se expressar de uma maneira que nunca havia imaginado.

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Nome do Livro no Brasil: Preciosa
Nome Original: Push
Escrito por: Sapphire
Publicado no Brasil em: 2010
Editora: Record
Nº de Páginas: 191
Capa original:

Eu sou Alice

30 ago

“Você costuma sonhar,Alice?”
Olhei para ele, sem saber o que fazer. Ele queria que eu me mexesse ou respondesse? Se eu mexesse, estragaria a fotografia. Mas ele parecia tão estranho, tão perdido, como se tivesse até se esquecido de que a câmera estava ali.
“S… sim, eu sonho”, respondi lentamente, tentando impedir que a cabeça se movesse.
“E com o quê você sonha?”
“Geralmente eu não lembro, não me lembro. Às vezes sonho com animais, ou aniversários. Não me lembro mesmo.”
“Pois eu às vezes sonho quando estou acordado”, ele continuou, sem dar sinal de se dirigir à câmera; mantendo-me de pé pela força do seu olhar. “Raramente sonho à noite. Mas durante o dia… às vezes tenho dor de cabeça, Alice. N… não conte isso à ninguém, mas tenho.”
“Sinto muito.”
”Não sinta. Eu não me importo, por causa dos sonhos que tenho antes. E sabe com o que eu sonho?”
“Não, senhor”, sussurrei. Eu tinha medo de me mexer e tinha medo de não me mexer.
“Sonho com você.”

Eu sou Alice

Alice Liddel tinha 7 anos quando posou para uma foto feita pelo Sr.Charles Dodgson na segunda metade do século XIX. Trajando um simples vestido de babados, ela encontrou a liberdade. Seus pés descalços tocavam pela primeira vez a grama da universidade de Oxford, onde seu pai era reitor. E a imaginosa e espevitada menina rolava no chão aos olhos silenciosos do fotográfo. Alguma coisa naquela cena, porém, incomodava bons costumes da época. Mas o que as mentes adultas poderiam considerar, mais que um atentado ao pudor, um ato de pedofilia, para a pequena Alice, era apenas o encontro com a mais pura poesia. Ao mesmo tempo, representava o momento de maior sintonia entre ela e seu amigo mais velho, o único que sempre falou a sua língua.
Dodgson era um professor de matemática, gago, que adorava a companhia das irmãs de Liddell, cujos pequeniques ele preenchia com histórias. E foi num desses dias ensolarados, que ele contou a história de uma Alice que caíra na toca de um coelho. Nascia, assim, Alice no País das Maravilhas, um dos maiores clássicos da literatura universal, que seria assinado por Lewis Carroll, pseudônimo que a mente livre do Sr.Dodgson criou.
Eu sou Alice é mais do que a história por trás do clássico, é um romance que recria, misturando fatos e ficção, a personaldiade apaixonante de Alice Liddell, a verdadeira Alice. Muito mais que uma biografia, é o esboço do nascimento de um País das Maravilhas que, para aqueles que souberem ver além, resiste auma realidade dura e melancólica.

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Nome do Livro no Brasil: Eu sou Alice
Nome Original: Alice I have been
Escrito por: Melanie Benjamin
Publicado no Brasil em: 2010
Editora: Planeta
Nº de Páginas: 347
Capa original: