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De Bagdá, com muito amor

5 ago

“De repente, algo rola em minha direção como se viesse do nada, lançando tanta adrenalina em meu sistema nervoso que salto para trás e bato numa parede. Uma bola peluda, não muito maior do que uma granada, desliza pelo chão, freia de repente junto de meus coturnos e começa a girar em círculos à minha volta, como um brinquedo de corda. Aquilo me assusta, é claro. Me afasto da parede e pego o fuzil, embora perceba que é apenas um cachorrinho.
Enfio a mão no bolso, tiro um projétil, e o estendo para ele na esperança de que pense que é comida.O cachorrinho pára de rosnar e vira a cabeça, o que faz com que eu me sinta um manipulador, e um sábio também.
Como os Cães da Lava resolveram utilizar a casa como posto de comando e o cachorrinho, de cinco semanas, faminto, já estava lá, ou eles o atiravam na rua, ou o executavam, ou o deixavam de lado para morrer de vagar em algum canto. Ouvi todo o tipo de desculpa:
“Eu não, meu chapa, não vou fazer isso.”
“Não vale a munição.”
“Não sou um psicopata, cara.”
Em outras palavras, o que tinham visto em Faluja já era suficiente para torturá-los pelo resto da vida; não era preciso mais. Guerreiros, sim – carrascos de cachorrinhos, não.”

De Bagdá, com muito amor

Um grupo de fuzileiros americanos invade uma casa abandonada em Faluja, no Iraque. Ao ouvir um ruído suspeito, os soldados destravam suas armas, aproximam-se com cautela e se preparam para abrir fogo.
O que encontram na cidade que serviu de cenário para um dos ataques mais devastadores da Guerra do Iraque não é um rebelde vingativo, mas um cachorrinho assustado, deixado para trás quando a área foi evacuada com a ameaça de bombardeio.
Assim, começa a dramática e emocionante tentativa de resgate de Lava, nome escolhido pelos soldados que acabam permitindo a permanência do cãozinho na casa transformada em posto de comando durante a batalha. Desrespeitando o proibitivo regulamento militar – que não permite animais de estimação nos acampamentos -, o tenente-coronel Jay Kopelman percebe, apesar de seu caótico estado emocional, que não conseguirá partir e deixar o cão entregue a própria sorte. Obstinado, Kopelman empregará todas as suas forças na difícil missão de retirar um cachorro do Iraque, em meio ao conflito, e leva-lo para os Estados Unidos.

De Bagdá, com muito amor é uma história inesquecível e verdadeira sobre soldados durões, correspondentes de guerra e iraquianos em perigo – improváveis heróis que aprendem com um cãozinho refugiado inesperadas lições de vida, morte e guerra.

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Nome do Livro no Brasil: De Bagdá, com muito amor
Nome Original: From Baghdad, with love
Escrito por: Jay Kopelman
Publicado no Brasil em: 2007
Editora: BestSeller
Nº de Páginas: 205
Capa original: